Academia Mangaratibense de Letras e Artes: Academia Mangaratibense de Letras e Artes cria seu blog em encontro realizado no Clube Náutico dos Mangarás.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Academia Mangaratibense de Letras e Artes cria seu blog em encontro realizado no Clube Náutico dos Mangarás.

Um comentário:

ALBERTO SILVA Editor-Responsável do Minifolha Mangará2 de julho de 2013 às 05:22
A Academia é o baluarte da cultura local, devemos prestigiar essa honrosa e diginifcante entidade. Vida longa para seus imortais ...
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NOSSOS ACADÊMICOS

Nossa Academia Mangaratibense de Letras e Artes não é uma associação beneficente, clube social ou clube do bolinha. É uma instituição criada com a finalidade de reunir pessoas interessadas em literatura e arte, em especial, ou, para resumir: reunir pessoas que se interessam pela cultura como forma de comunicação. A Academia foi criada em 2002, tem um estatuto, é registrada no Cartório de Títulos e Documentos e tem CNPJ. Apenas um objetivo norteia os seus trabalhos: discutir a nossa cultura. O importante para todos é lutar pela identidade cultural de Mangaratiba. Cada um de nós tem o seu ponto de vista, o seu modo de compreender o fenômeno cultural, a literatura, a arte, a poesia, o cinema, a música, enfim cada um pensa com independência, cada um tem o seu modo de ser, cada um tem a sua ideologia, ou mesmo não tem ideologia nenhuma, pois isso não é o fundamental. O que importa é a obra de cada um, ou a contribuição cultural de cada um. A Academia Mangaratibense de Letras e Artes está aberta para todas as pessoas.

P a t r o n o e T i t u l a r e s ...

Cadeira nº 1 - Patrono: Plínio Bastos - ACadêmico: Emil de Castro; Cadeira nº 2 - Patrono: Graciliano Ramos - ACadêmico: Stylianos Dandoulakis; Cadeira nº 3 - Patrono: Vinícius de Moraes - ACadêmico: Looan Moreira Salles; Cadeira nº 4 - Patrono: Mario Peixoto - ACadêmico: Cary Cassiano Filho; Cadeira nº 5 - Patrono: Fagundes Varela- ACadêmico: Alberto Rodrigues da Silva; Cadeira nº 6 - Patrono: José Panceti - ACadêmico: Jorge Nathureza; Cadeira nº 7 - Patrono: Lúcio Cardoso- ACadêmico: Carlos Bernardo Servolino; Cadeira nº 8 - Patrono: Walmir Ayala - ACadêmico: Messias Neiva; Cadeira nº 12 - Patrono: Cecília Meireles- ACadêmica: Maria Angélica Gabriel Santos; Cadeira nº 13 - Patrono: Assis Chateaubriand- ACadêmico: Maurício Cordeiro; Cadeira nº 14 - Patrono: Guimarães Rosa- ACadêmico: José Peixoto Corrêa (v a g a); Cadeira nº 15 - Patrono: Antônio Carlos Jobim - ACadêmica: Elizabeth Dewes Schäffer; Cadeira nº 17 - Patrono: Carlos Drumond de Andrade- ACadêmico: Paulo Fabrício dos Santos Nigro; Cadeira nº 23 - Patrono: Luís Gonzaga - ACadêmico: Marcus Vinícius do Rego Barros; Cadeira nº 25 - Patrono: Pedro Nava- ACadêmico: Paulo Roberto Shäffer; Acadêmicos eleitos - Lívia Campos de Souza, Valdiléia Tavares, Gustavo Silvino e Dimas Lindo (não diplomados).

B A L A D A D O S É C U L O XXI - Alberto Silva (1° Secretário da Academia)

- I -

8 de maio de 1945, no rescaldo das ruínas,
com seu vasto solo tinto, a Europa, ensanguentada, ainda,
derramava, agonizante, numa contorsão final,
o seu pranto angustiante pelas vidas que se foram
na II Guerra Mundial ... A imagem daquelas cruzes,
que pareciam, de braços abertos, protestar,
marcava, em profundos traços, os rumos que a ignorância humana dispusera-se a trilhar. Nem Hitler, nem Mussolini,
seriam mais ameaças à paz da humanidade,
que, bem longe das desgraças, teria, agora, seus fins
em prol da felicidade. Todos que haviam lutado,
ao lado das nações livres, estavam muito orgulhosos
de terem contribuído para um mundo bem melhor
Mas os sagrados direitos humanos são fantasiosos,
preconceitos raciais, a exploração dos humildes,
pelos donos da riqueza, derrubam os ideais
daqueles que voltaram e que vêem sua grandeza
transformada em ilusão, onde o ódio da realidade
os conduz à frustração.

- II -

Homens cegos e neuróticos, que vagam na multidão,
têm os seus feitos heróicos envolvidos na omissão
e caem no esquecimento dos que os fizeram partir,
enquanto os mortos vão sendo cinicamente lembrados
por nada poderem pedir ... Hiroshima e Nagasáki
foram apenas o início de uma série de catástrofes
que o homem, com seus vícios e com suas conjecturas,
provocou na natureza, ao abalar sua estrutura
de harmonia e perfeição. Aqueles seres-humanos
desesperados de dor, entre lamaçais, urrando,
em meio às chamas do terror, lembram um bárbaro assassínio que, num futuro bem perto,
servirá como extermínio ou passaporte para o inferno
dessa civilização, cada vez mais decadente,
que, esquecendo o coração, vai deixando de ser gente ...
Com o aperfeiçoamento de uma bomba de neutrons,
o homem, que é tão inteligente, mostrou, no seu entendimento, como é melhor desprovida
a nossa querida Terra de qualquer forma de vida
que a destrua em novas guerras.

- III -

Prepara-se a humanidade para a terceira e última guerra
ou conflito mundial. Vão surgindo novidades
mortíferas, na nova era, em sofisticadas armas
de destruição total. Os que desejam a paz, fria e calculadamente, perecem assassinados, como John
e Robert Kennedy por serem , como Luther King,
homens bem intencionados. Procura-se conquistar
o espaço, a Lua, as estrelas e todo o imenso infinito,
mas, aqui, a miséria e a fome continuam a imperar
num total primitivismo. Ninguém está satisfeito
com nada nem com ninguém buscando, a qualquer preço,
aumentar mais os seus bens. Na corrida desenfreada
do poder e da ambição, a revolta é semeada
contra a tirania e a opressão. Enquanto que a minoria
vive nababescamente, sobrevive a maioria
em condições deprimentes. A ciência evoluiu,
abrindo novos mercados de produtos e consumos,
mas qual será o resultado, após cálculos, profundos,
de seus lucros, que são prósperos, se, nas mãos nuas
e frias da balança dos negócios, o homem é a mercadoria ?

- IV -

Com a eclosão da terceira e última guerra mundial,
o mundo, em sua derradeira agonia universal,
estremecerá em convulsão. Com seu equilíbrio abalado,
os vulcões explodirão, soterrando a humanidade.
E as ondas dos maremotos, gigantescas, varrerão,
de todo o Globo, as cidades, morrendo os sobreviventes
pela radioatividade ... Sacudida pelos sismos,
após tantas explosões, a Terra, com 80 %
dos seus habitantes mortos, deixará sua posição
no contexto espacial cósmico, sendo atraída para o Sol.
E, nos pólos, as geleiras derreter-se-ão, inundando,
por completo, as derradeiras terras que estavam emersas.
Nos mares, alguns navios, ainda remanescentes,
pelo calor arderão, assando toda sua gente
e, enfim, já próxima do Sol, suas águas ferverão ...
A Terra, sendo agora uma enorme bola de fogo,
caminhará para o Sol. Os minérios e a força
centrífuga, provenientes lá do interior do Globo,
em lavas super-ardentes, expandir-se-ão, libertados,
e todo o planeta Terra, morto, explodirá no espaço ...

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